sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Ars Longa, Vita Brevis

A expressão latina acima, de autoria do grego Hipócrates, o pai da Medicina, e que, na verdade, é apenas parte de uma sentença por ele proferida, tem a seguinte tradução em português: "longa é a arte, breve é a vida". Foi usada inclusive por Tom Jobim em uma de suas canções.
Pavarotti se foi, mas, uma vez que cravou seu nome na história das artes em geral, em particular, na história da música erudita, como intérprete, será eternamente lembrado. Seu nome, indubitavelmente, entrará, se é que isso já não acontece e eu ainda não estou a par, nos dicionários de música erudita e mesmo em livros de história da música que também tratem dos seus executantes instrumentais e vocais.
Um dos primeiros LPs de música erudita que eu tive foi exatamente o dos Três Tenores (Pavarotti e os espanhóis Placido Domindo e José Carreras) na apresentação que fizeram na abertura da copa do mundo de 1990. Há algum tempo, encontrei, em um sebo daqui de Brasília, um VHS de uma apresentação ao vivo, na Itália, da ópera Tosca, de Puccini, com Pavarotti no papel do principal personagem masculino da obra. Interessante é o fato de que foi exatamente com uma representação da Tosca, em Nova York, no ano passado, que o tenor encerrou sua carreira, antes do que pretendia, devido ao câncer no pâncreas.
Cumpriu belamente sua missão aqui neste mundo. Deixará saudade em todos os que acompanharam sua carreira. Descanse em paz.